
CUPINS

Centenas de espécies de cupins habitam a milhões de anos nossas matas, florestas e cerrados. Algumas espécies resistiram ao desmatamento, as atividades agrícolas, florestais e ao processo de urbanização conduzido pelo homem.
Um exemplo atual ocorre em muitos dos chamados condomínios horizontais, inseridos em áreas próximas as grandes cidades, num misto de vegetação nativa, da atividade agrícola ou florestal. O desmatamento de parte das matas ou plantações afetará as populações de cupins presentes no local e algumas tentarão se adaptar ao novo “modelo ambiental” imposto pelo homem, constituído geralmente de grama, arbustos, estruturas de madeira e concreto.
No mundo são conhecidas mais de 2900 espécies de cupins e no Brasil cerca de 500 espécies, uma das maiores faunas termíticas (de cupins). Felizmente um pequeno número de espécies causa problemas ao homem, tanto na agricultura como nas cidades, resultado do desequilíbrio ambiental.
CUPIM DE SOLO OU CUPIM SUBTERRÂNEO
Classificação
Ordem: Isoptera
Família: Rhinotermitidae
Gênero: Coptotermes
Espécie: Coptotermes havilandi Holmgren, 1911.
Descrição
O Coptotermes havilandi é a espécie de cupim subterrâneo invasora de estruturas no meio urbano de maior importância econômica no Brasil.
Dentro da família Rhinotermitidae encontram-se os cupins que mais prejuízos causam à madeira, em todo o mundo. Existem cerca de 45 espécies de cupins descritas e, dentre elas, o Coptotermes havilandi, que infesta estruturas no Brasil.
O soldado desta espécie apresenta a cabeça arredondada, de cor amarelo claro, com mandíbulas proeminentes e são dotadas de um poro localizado atrás das mandíbulas, conectado a uma glândula cefálica, chamado de fontanela. Esta glândula produz um líquido viscoso, do tipo cola, que é usado para defesa, sendo excretado em grande volume (proporcionalmente) quando encontram-se em perigo. A rainha do cupim subterrâneo pode colocar cerca de 1000 ovos por dia.
Os ninhos são volumosos e, normalmente, quando não construídos no solo, encontram-se em locais ocultos e úmidos tais como porões, caixões perdidos, paredes e lajes duplas, frestas em construções, poços de ventilação e de elevadores, espaços vazios abaixo do pisos, caixas de eletricidade e telefonia, etc. Este cupim não necessita de contato com solo para se desenvolver, desde que tenha contato com a água (há casos de infestação em prédios apenas nos andares mais altos). No entanto, o foco principal pode estar no solo.




CUPIM DE MADEIRA SECA CRYPTOTERMES BREVIS
Classificação
O cupim de madeira seca economicamente mais importante no Brasil é o Cryptotermes brevis. Existem 8 espécies do gênero Cryptotermes no continente americano.
Ordem: Isoptera
Família: Kalotermitidae
Gênero: Cryptotermes
Espécie: Cryptotermes brevis (Walker, 1853)
Descrição
O Cryptotermes brevis, chamado popularmente de cupim de madeira seca, é um cupim que encontra-se normalmente restrito à peça atacada. Ele não tem capacidade de passar de uma madeira infestada para outra a não ser que efetivamente exista um ponto de contato entre ambas as madeiras. Nestes casos, a colônia pode se estender e infestar todo o madeiramento em contato.
Assim, o tamanho da colônia é proporcional ao tamanho da peça atacada, já que encontra-se restrito a ela. Por este motivo, os cupins de madeira seca normalmente apresentam colônias pequenas, com cerca de 300 indivíduos a poucos milhares. Uma colônia de cupim de madeira seca pode chegar a ter 3000 indivíduos após 15 anos.
O pequeno tamanho da colônia é, entretanto, compensado pelo grande número de colônias que podem ser encontradas em uma determinada estrutura. Por estarem protegidos de predadores durante a revoada (que podem ocorrer dentro da própria estrutura), não dependerem de contato com o solo e sobreviverem em madeiras com pouca umidade, muitos alados podem sobreviver por ocasião da revoada e formar novas colônias. Assim, podem haver centenas de colônias convivendo no mesmo ambiente.
O C. brevis é típico de construções humanas. Dificilmente cupins desta espécie são encontrados em árvores ou mesmo em madeiras abandonadas no exterior de construções humanas. De fato, até agora, nunca foram encontrados nos locais e ambientes citados acima, caracterizando um comportamento estritamente antropófilo.
BROCA DE MADEIRA (COLEOPTEROS XILÓFAGOS)
Se você encontrar um pó fino semelhante a talco, ou uma serragem pequena trata-se de um ataque de broca de madeira. As brocas de madeira são besouros, cujos ovos são depositados em peças e estruturas de madeira como, bambu, cana da índia, etc. Ao eclodirem as larvas, estas iniciam sua alimentação realizando galerias na peça de madeira infestada, e expelindo um pó fino originado desta atividade. Quando cessa o aparecimento do pó, a larva completou seu ciclo de desenvolvimento e se prepara para encubar. Após algumas semanas ou meses (dependendo da espécie), emerge o adulto e o ciclo da vida continua.
