
ARANHAS

Lycosa
Possui peçonha proteolítica. Ação local, necrosante, cutânea, sem intoxicação geral alguma, seja do sistema nervoso ou circulatório. Conseqüentemente não há perigo de vida. Tratamento: soro antilicósico, pomadas antinflamatórias, antihistamicas e antibióticos e os acidentes por este gênero são destituídos de importância médico-sanitária.
Apresenta as seguintes espécies: L. erythrognatha, L. nychtemera, L. raptoria. Podem medir 3 cm (corpo) e 5 cm no tamanho total. São habitantes de gramados, pastos, junto à piscinas e nos jardins, possuem hábitos diurnos e noturnos.
Phoneutria
Gênero: Phoneutria
Tamanho: 15 cm
Veneno: neurotóxico (atinge o sistema nervoso e causa muita dor)
A peçonha das armadeiras é um complexo de diversas substâncias toxicas, agindo principalmente sobre o Sistema Nervoso Periférico e secundariamente sobre o S. N. Central. Produzem veneno potente, raramente ocasionam acidentes graves.
Apresentam as seguintes espécies: P. fera, P. keyserlingi, P. reidyi, P. negriventer. Podem medir 3 cm (corpo) e atingir até 15 cm no tamanho total. São habitantes de bananeiras, terrenos baldios, zonas rurais, junto às residências, possuem hábitos noturnos e abrigam-se durante o dia em locais escuros (roupas, sapatos, etc.).
Loxosceles
Gênero: Loxosceles
Tamanho: 3 cm
Veneno: proteolítico (age sobre os tecidos da pele e dos músculos) e hemolítico (destrói os glóbulos vermelhos do sangue).
O Loxoscelismo passou a ser reconhecido no Brasil a partir de 1954. Produzem lesões cutâneas necrosantes por possuirem peçonha proteolítica e não são agressivas.
Apresentam as seguintes espécies: L. laete, L. gaucho, L. similis. Podem medir 1 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de folhas secas de palmeiras, nas cascas ou sob as mesmas, atrás de móveis, sótãos, garagens, etc., possuem hábitos noturnos. Produzem teia irregular revestindo o substrato.
É muito difícil saber quando se é picado por uma Aranha Marrom, pois a picada é indolor e imperceptível. Nas primeiras horas, lembra uma picada de inseto, o que faz com que a vítima, erroneamente, não dê muita importância.
Sintomas: começam a aparecer de 24 a 72 horas após a picada, e são basicamente:
– Dor de cabeça, fraqueza no corpo, dor nos músculos e sonolência;
– Dor e queimação no local da picada (aparece entre 2 a 20 horas após a picada);
– Febre nas primeiras 24 horas;
– Vermelhidão (manchas vermelhas parecidas com mordeduras de pulgas);
– Náusea, vômito, diarreia, visão turva;
– Em casos mais graves, urina marrom e insuficiência renal.
Ação do veneno: quando injetado no corpo da vítima causa:
– Inflamação no local da picada;
– Obstrução de pequenos vasos e edema;
– Hemorragia e necrose local;
Latrodectus
Gênero: Latrodectus
Tamanho: aproximadamente 3 cm (fêmeas)
Veneno: Neurotóxico (atinge o sistema nervoso e causa dor intensa)
As Viúvas Negras fazem teia irregular. São aracnídeos que podem viver aglomeradas em grupos, porém não são aranhas sociais. Havendo falta de alimentos, pode ocorrer canibalismo (alimentam-se de membros da mesma espécie). Seu nome é originado do fato de o macho ser muitas vezes menor do que a fêmea e, na época de acasalamento, ele ter de ser muito veloz na cópula, pois se a fêmea o percebe por baixo de seu corpo, ele é invariavelmente ingerido como alimento.
No Brasil, embora ocorram aranhas do género Latrodectus, o primeiro registro de acidente, com reconhecimento do animal causador, foi publicado em 1985, em Salvador, Bahia. Estas aranhas não são totalmente negras, mas vermelhas e negras; o que lhes deu o gracioso apelido futebolístico de “flamenguinhas”.
Sua peçonha neurotóxica possui ação difusa sobre o S. N. Central, medula, nervos e músculos lisos. Geralmente, seu veneno é extremamente potente e mortal.
Porém, a espécie brasileira não oferece perigo aos seres humanos; tanto que não se produz soro, no Brasil, para este tipo de acidente.
Apresenta a seguinte espécie: L. geometricus. Podem medir 1,5 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de zonas rurais, plantações, etc., possuem hábitos diurnos. Produzem teia irregular suspensa entre a vegetação.
Caranguejeiras
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Theraphosidae
Informações e características principais:
– A caranguejeira, também conhecida como tarântula, é uma espécie de aranha de grande porte. Possuem, em média, um tamanho de 20 cm, podendo chegar até 30 cm.
– As fêmeas podem viver até 20 anos de idade, enquanto os machos vivem até, aproximadamente, 7 anos, pois morrem após o acasalamento.
– Possuem um corpo revestido de pêlos na cor marrom, patas longas e duas garras.
– Seu sistema de defesa, contra predadores, consiste na produção de uma substância urticante nos pêlos. Produzem também toxinas que, embora sejam fracas ao homem, podem ser perigosas caso a pessoa tenha uma alergia.
– Alimentam-se de pequenos animais, principalmente insetos. Podem ficar vários dias sem comer.
– As caranguejeiras possuem hábitos noturnos e vivem de forma solitária.
– A reprodução ocorre através do acasalamento, quando o macho introduz espermas na fêmea. Esta produz de 50 a 200 ovos. Ao nascerem, os filhotes saem da toca para viverem de forma independente.
– Constroem suas tocas próximas a raízes de árvores e pedras. Cavam um buraco no chão e revestem com suas teias. Desta forma, conseguem manter uma temperatura adequada para sua sobrevivência.
– Podemos encontrar esta espécie de aranha em países da Ásia, África e América.